STORYTELLING CHANGES YOUR BRAND

Flexibilidade e Adaptação São As Palavras de Ordem

 

Por Ryan Jordan

Ensaios | 06 de Outubro de 2021

 

Sim, nós sabemos. E prometemos não julgar você. Estamos apenas declarando um fato. Muito antes de a comida chegar dentro da sua boca você precisa tomar uma decisão de comer baseado no que viu. A familiaridade, a cor, o cozimento, os acessórios, a embalagem – tudo teve um papel preponderante para chamar a sua atenção e reservar um lugarzinho em seu estômago. 


Não sou um chef, mas sim um amante da boa mesa que sabe muito bem como lidar com minha cozinha. Também sou pai de duas crianças difíceis de agradar que a qualquer instante arrumam uma desculpa para não comer aquilo que fiz. Este pedaço minúsculo de cebolinha transformou essa sopa em algo completamente incomível! E quando sai a sobremesa? Aprendi com muitas tentativas e erros que uma enormidade de veículos é a chave do sucesso para se fazer crianças experimentarem coisas novas. Balance a cabeça se concorda com essa afirmação e se ela lhe parece familiar. O truque de se colocar vegetais e verduras dentro de uma carne; enrolar uma tortinha de legumes de um jeito legal e fazê-la parecer apetitosa; o jogo de se transformar camarão em frango, e assim por diante.     


Perdão pela comparação de comida para crianças com o público da sua marca – mas francamente eles não são assim tão diferentes. Esta década e o crescimento de plataformas de mídia visual trouxe consigo um público fraturado que pode ter o conteúdo que quiser do modo como preferir. Vídeos de seis segundos; fotografias maravilhosas com centenas de filtros; tutoriais em vídeo que vão a fundo te ensinando que tudo é possível; storytelling em áudio dividida por capítulos; respostas em vídeo que vão lado-a-lado contigo e contornam a linha entre o conteúdo original e a cocriação. Há literalmente tudo para todo mundo, e todos os tipos de público.  


Sei muito bem o que está pensando. Mas Ryan, todo marketeiro sabe que uma das regras mais importantes na publicidade e no marketing é que você não consegue ser tudo para todo mundo. Sim, isso é verdade. Saber como sua marca se comporta, o que ela significa e o propósito dela no mercado é de suma relevância em campanhas de marketing bem-sucedidas. Mas decidir como contar essa história é onde estão as regras do mundo hoje em dia. As marcas hoje precisam ser elásticas. Prontas a serem moldadas e transformadas para servirem em qualquer e toda plataforma. Encontrar os valores e os atributos do seu serviço/produto para que se encaixem nas expectativas de seu público voraz e faminto. E, ainda mais importante, não desperdiçar nenhuma oportunidade para vender e ter sucesso quando o momento for oportuno.   


Para alguns a segmentação horizontal é o chicote de uma cultura deficiente de atenção e um sintoma do marketing preguiçoso. Mas para mim é o chamariz para ótimas histórias. Foi para isso que você chegou aqui, certo? Não me diga que o seu produto está à venda, diga-me por que ele foi feito/produzido. Não me diga que vai resolver meus problemas, mas me mostre, aí sim, as pessoas cujos problemas ele resolveu. Eu quero a história. Se você não me disser como fez aquele comercial incrível e super engajante, emocionante, eu vou ter que procurar descobrir sozinho. 


À medida que editores e contadores de histórias visuais empurram os limites até à exaustão, as marcas precisam tomar cuidado para não serem deixadas para trás. Abaixo, seguem algumas questões para te ajudar a manter o ritmo:


A sua marca tem influência sob a cultura? Se você não consegue responder a essa pergunta, acabou de descobrir um bom ponto de partida. Dada à velocidade da cultura, se você não é relevante então está morto – portanto, encontrar a sua própria história é algo imperativo.

 

 

Onde estão os seus melhores contadores de histórias? Dica: mais próximos do que imagina. Seus clientes, as pessoas que amam a sua marca (porque é importante saber que, em primeiro lugar, as pessoas precisam tornar-se fãs e amar a sua marca), são as mais qualificadas para capturar as mentes e os corações de outrem através de grandes histórias. Dê a elas as plataformas para criarem, livres do pressionado marketing de transação. McCormick adotou esta estratégia durante a pandemia (do Coronavírus/COVID19, que assolou o mundo em 2020) quando criou a série Cozinhe Conosco, onde o público cozinhava fora de sua própria copa. Isto levou a uma parceria com Tabitha Brown, uma influenciadora de comida/alimentos conhecida por suas receitas veganas no aplicativo TikTok. Começou com uma live no Facebook onde os fãs se juntaram virtualmente para aprender a fazer massa de alho com os produtos McCormick e mais recentemente auxiliar a lançar sua antiga marca chamada Sunshine All Purpose Seasoning – que aliás esgotou em uma hora.  

 

O público é bombardeado com escolhas. Todos os dias e a cada momento está escolhendo o que consumir em meio a uma inundação de opções. Se você quer chamar a atenção deles, ganhe-os com uma história audiovisual. Porque, nunca se esqueça: eles comem com os olhos. 

 

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Ryan Jordan é diretor e executivo na imre.