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Que nós somos fanáticos por design muitas das pessoas que nos seguem aqui já sabem. Quando a Sincronia Filmes embarcou no projeto do documentário A Tecnologia Social – que será o primeiro longa da produtora -, já sabia que iria precisar de um layout e desenho para o cartaz e todas as peças gráficas bacanas, bonitos e originais. O trabalho ficou a cargo da Datadot Estúdio – uma empresa do ramo que faz este tipo de serviço para diversas outras companhias, não apenas da área audiovisual. A Sincronia firmou uma parceria com eles (que na verdade é capitaneado pelo casal Flávia Marinho e Otávio Burim) ainda o ano passado, em 2017, quando da produção do institucional para a Labordental: a empresa fez todos os letterings animados que entravam nas entrevistas.

Agora, para o projeto do longa, a Datadot ficou encarregada da confecção de, além de todas peças gráficas (cartaz; folders), também as animações dos créditos principais e finais. Para isso, a empresa fez, como de hábito, todo um estudo baseado nas imagens do filme – que utilizam muito um tom terra típico da África do Sul, onde o projeto foi filmado -, além de pegar referências de outros projetos cinematográficos, especialmente posteres de filmes contemporâneos.

“A gente pegou referências de todos os gêneros, e não apenas de documentários”, explica Flávia, “para não só fugir do tradicional, como para passar essa ideia de transformação, um tema muito forte no filme”, explica ela. “Mostramos alguns desses estudos para a Janaina (Zambotti, produtora) e o Emanuel (Mendes, owner da Sincronia e um dos produtores da fita), que a princípio ficaram receosos com a abordagem que queremos dar (puxando mais para o grafismo do que para o real nu e cru), achando que talvez floreasse demais uma situação que na verdade é muito séria. Mas acreditamos que vamos chegar em um patamar misturando as duas coisas que vai ficar bem legal”, diz.

O cinema contemporâneo vem mostrando inclusive uma preocupação muito grande no quesito design de suas peças gráficas – “até porque também o cartaz, além de informar o público, funciona como se fosse a embalagem do produto: ou seja, precisa ser bonita, atraente, interessante, que desperte a atenção”, continua Flávia. “Acho que essas referências irão funcionar para o trabalho final com o Tecnologia Social, passando justamente todas essas ideias”, finaliza a designer.