Sincronia Distribuidora!

Produtora Também Irá Distribuir Conteúdo Próprio e de Terceiros

 

Da Redação

Notícias | 01 de Fevereiro de 2019

 

Era um sonho acalentado pelo diretor e fundador da Sincronia Filmes, o cineasta Emanuel Mendes, desde a abertura da empresa: além de produtora audiovisual, ser também uma distribuidora para o cinema e outras mídias. “Em uma palavra: independência”, resume a produtora Janaina Zambotti. “Sabemos que ninguém melhor para cuidar dos filhos do que os próprios pais”, continua ela, que se juntou a Mendes após a saída do outro sócio da companhia, Francisco Costabile. O plano de, além da produção do próprio conteúdo, também distribui-lo, começou evidentemente pelo meio mais democrático a permitir tudo isso, a internet. “Ela foi o caminho que possibilitou produtoras independentes como a nossa mostrar seu conteúdo, à parte os meios mais tradicionais, já com parcerias mais consolidadas.” Para isso, a produtora utilizou-se de canais de divulgação online como o YouTube para construir e consolidar sua marca e seus produtos. “Criamos uma cara para nosso canal no YouTube, com as divisões com as quais trabalhamos separadas por áreas (Cinema; Publicidade; Televisão etc), para uma melhor organização, além de tentar tornar os chamados Thumbnails (as miniaturas) dos vídeos mais identificáveis – eles possuem, por exemplo, uma enorme seta Play branca-gelo, o que torna os vídeos visualmente chamativos e fáceis de se perceber serem nossos”, afirma Janaina.

 

Mas e o cinema? Ah… o cinema! O meio de produção certamente mais acalentado por dez entre dez produtoras audiovisuais no mundo. “Acredito que, se todas pudessem, as produtoras com certeza investiriam mais nos departamentos de cinema, mas é muito arriscado, muito incerto, ainda mais no Brasil”, continua Janaina. “É por isso que a maioria delas procura áreas onde, na América Latina pelo menos, existe um maior retorno, tanto financeiro quanto de volume de trabalho, como a televisão e a publicidade.” Mas no caso da Sincronia Filmes, uma porta se abriu no cinema a fim de permitir a criação de um departamento – ainda que pequeno – responsável pela distribuição de filmes. “Conseguimos isso com o A Tecnologia Social, o nosso documentário que rodamos na África do Sul e que entrou em cartaz novembro passado em salas do Itaú Cinemas”, diz Janaina. “O orçamento aprovado lá fora (a produtora conseguiu viabilizar o projeto graças a uma empresa privada americana) contemplava também a distribuição completa do filme – desde as salas de cinema até o lançamento em home video e, mais para frente, a venda para canais de TV e Video on Demand, como o Netflix e afins”, explica. Todo esse processo será feito de forma independente, com o controle e supervisão da produtora.

 

“Criamos um selo de distribuição – que na verdade é o nome da empresa –, mas que vai ser responsável por todo o processo. O Emanuel tomou como base algumas distribuidoras que gosta e coleciona, como a Criterion Collection, a Carlotta Video, da França, e a Eureka Entertainment, do Reino Unido, e nós encomendamos todo o layout, criação de menus, capinhas e folhetos para o Estúdio Nômada, que vem sendo nosso parceiro desde o ano passado, em 2018″, continua a produtora. O plano então é seguir o mesmo modelo: caixinhas diferenciadas, arte e layout bonitos e bem-feitos, conteúdo extra relevante, que ajude a pessoa assistindo a entender melhor o filme e a proposta, um livreto acompanhando a edição, que, por enquanto, ao menos neste primeiro momento, será apenas em DVD – uma vez que os altos custos de licença para conteúdo em alta definição (o Blu-ray) inviabilizaram os planos da Sincronia de lançar o filme também neste formato.

 

Para que todo este trabalho acontecesse, o apoio de uma empresa como a ETC Filmes – parceira de algumas das principais produtoras e distribuidoras do Brasil – foi fundamental. “Já estabelecemos nossa parceria com a ETC”, diz Janaina, “e eles já nos forneceram tudo o que precisamos para essa etapa da distribuição.” E para além do documentário, a produtora espera ainda distribuir os próximos feitos na casa e adquirir futuros títulos para lançamentos nas salas e no mercado de vídeo doméstico. “O plano é esse”, conta Janaina, “e o primeiro passo já foi dado.”

 

Produtora lançou o próprio longa nos cinemas e agora o distribui para outras mídias.

 

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