Selo MIV, do cantor Elzo Henschell, Forma Parceria com a Sincronia para Novos Talentos

Da Redação

Notícias | 29 de Julho de 2023

Com uma proposta de unir talentos os mais diversos em todos os ramos da música, o Selo MIV, empresa fundada pelo cantor e compositor Elzo Henschell em meados dos anos 2000, quer ir além da simples produção e distribuição de conteúdo musical feito por artistas off mainstream e figuras da cena independente. “Queremos ser uma difusora de cultura”, diz o fundador Elzo, um dos mais talentosos artistas a surgirem no cenário musical brasileiro nos últimos anos, e que formou uma parceria criativa e de negócios com a Sincronia Filmes desde o primeiro semestre de 2018, com a produção de seus primeiros videoclipes. E agora esta parceria está se estendendo a projetos maiores, mais ambiciosos e com desdobramentos interessantes. “Este projeto”, continua Elzo, “faz parte de todo o escopo do Sons, que estamos desenvolvendo há alguns meses – ou seja meu primeiro conteúdo musical e audiovisual a ser produzido e distribuído pela Sincronia em parceria com o MIV” (saiba mais aqui). 

“Mas não é só isso”, afirma a produtora Janaina Zambotti, que vem coordenando todos os trabalhos da casa e em especial os realizados com Elzo. “Essa ideia de se formar essa empresa musical abraçando artistas muitas vezes relegados a um pequeno nicho (Henschell, por exemplo, começou literalmente nas ruas de São Paulo, tocando para o público que passava pelas avenidas e esquinas da metrópole, e que são conhecidos como buskers) pretende não só dar voz a eles, espaço para aparecerem e crescerem no mercado, mas sobretudo criar braços para se tornar verdadeiramente independente, livre das amarras e dos vícios do meio,”, diz. O que Janaina quer dizer – e quem vem sendo discutido dentro da produtora há alguns meses já – é que os planos de Elzo e sua trupe são os de formar um núcleo chamado MIV que vai abarcar o selo musical, distribuindo a música virtualmente, e talvez até no formato físico, além de uma rádio (que seria a Rádio MIV) e um programa para a rede (produzido e distribuído pela Sincronia) semelhante ao que já existe no formato nos EUA com o KEXP – uma estação musical de vanguarda expondo alguns dos nomes mais relevantes e criativos desta cena naquele país. “Nossa intenção é começar a produzir este programa assim que o projeto Sons entrar em finalização”, continua Janaina.   

Mas o que torna essa iniciativa tão diferente assim de outras inúmeras já criadas por bandas, executivos de música e artistas-solo semelhantes a Elzo? “Liberdade”, afirma Elzo – uma palavra definindo bem o sentimento de alguém que enfrentou dificuldades inerentes ao meio, preconceitos, caminhos tortos e quebradiços, mas jamais abdicou da veia de criação e principalmente nunca desistiu. “Perseverança e persistência estão no nosso vocabulário”, continua o cantor, que já acumula um currículo impressionante de hits e canções com um estilo próprio, autenticidade e inventividade como poucos que traçam o mesmo caminho que ele. “A liberdade de ter em uma única empresa três componentes para que você crie, finalize, divulgue e distribua seu trabalho como bem entender, sem interferências, bem mesmo… independente”, suspira Elzo. 

O mais interessante de tudo isso é que iniciativas como essa de Elzo não só inspiram os profissionais que dela aos poucos estão fazendo parte (vide post anterior), como também agregam mais figuras e pessoas compartilhando e se encantando com essa obstinação do artista – como foi o caso do produtor cultural, músico e instrumentista Luiz Carlos Maluly, um dos nomes mais importantes do cenário musical brasileiro e da América Latina (produziu artistas como a banda Titãs, a cantora Cássia Eller, Elba Ramalho, entre muitos outros), e que comprou totalmente o projeto de Henschell. “É um prazer poder estar participando de um projeto como esse, com essa vibe toda especial e de um artista tão centrado como Elzo, com uma proposta única”, revelou Maluly em um informal e descontraído bate-papo entre os dois registrado pela Sincronia alguns meses atrás. A entrada de Maluly – e depois a do diretor e roteirista Edu Felistoque – adicionou um tempero todo singular ao escopo, transformando-o inteiramente.